Obras Subterrâneas

Obras Subterrâneas:

Estes tipos de obras são tal como o próprio nome indica, obras que ficam, debaixo de terra.

O estaleiro neste tipo de obras é muito importante, pois se este não estiver devidamente organizado pode provocar transtornos, que podem levar perigo aos trabalhadores da obra em questão, pois poderá provocar por exemplo desmoronamento de terras o que seria uma situação bastante grave.

A segurança na construção civil é muito importante, mas principalmente neste tipo de obras, pois além dos perigos existentes nos outros tipos de obras que ficam à superfície do solo, neste tipo de obras existe ainda o perigo de desmoronamento de terras.

Alguns destes tipos de obras são: Túneis, Galerias, Parques subterrâneos, etc.

Métodos de execução a ter em conta nas obras subterrâneas:

Quanto aos métodos de execução temos de ter em conta o tipo de solo, a influência da água, a coesão dos solos e a sua sustentação.

Importância do conhecimento geológico dos terrenos:

Na construção civil é muito importante o conhecimento geológico dos terrenos, principalmente neste tipo de obras, pois assim podemos ter o conhecimento, que permite determinar os melhores e mais seguros locais para a construção de edifícios e outras infra-estruturas civis, onde se pode captar água de boa qualidade para consumo, onde se localizam os melhores locais para a deposição de resíduos consoante a sua natureza, onde se podem construir infra-estruturas subterrâneas como túneis, armazenamento de gás natural, entre muitos outros.

Com o estudo geológico dos terrenos pretende-se investigar os solos para colher os elementos necessários à elaboração do projecto, assim como assegurar boas condições de segurança à construção.

A prospecção para a realização de obras de construção civil visa a determinação dos tipos de solo que ocorrem no local, a espessura das diversas camadas e das suas características mecânicas, a posição do nível freático ou a caracterização das terras de empréstimos para a construção de aterros.

1.1. Métodos

A prospecção pode ser efectuada por métodos geofísicos (eléctrico e sísmico), por via directa (poços, valas e sondagens) ou ainda usando penetrómetros.

1.1.1. Poços

As dimensões são ditadas pelo espaço necessário para o tipo de trabalho pretendido e não apenas pela acessibilidade.

Podem ser circulares, quadrados ou mesmo rectangulares com as dimensões da ordem de 1.20 metros a 0.90xl.50 metros.

Este método usa-se para pequenas profundidades (até 3 m).

Para maiores profundidades também é vantajoso, quando o terreno apresenta caracte­rísticas que podem não ser detectáveis pelos amostradores vulgares.

1.1.2. Valas

As dimensões mínimas são da ordem de 0.60 a 0.90 metros, atingindo profundidades até 5 metros.

A escavação pode ser manual ou mecânica. Neste caso as dimensões são as que a máquina efectuar em condições mais económicas.

As valas têm a vantagem de permitir uma observação contínua na sua direcção.

São principalmente utilizadas em reconhecimentos à superfície, em solos que requeiram pouco ou nenhum suporte dos taludes das terras de escavação.

1.1.3. Sondagens

São perfurações verticais de pequeno diâmetro, feitas com auxílio de uma sonda.

As sondagens podem ser de simples reconhecimento, em que dos solos atravessados se recolhem amostras remexidas, e com amostragem intacta, que requerem o uso de amostra dores especiais para recolher amostras que mantêm, tanto quanto possível, inalteradas as características das formações “in situ”.

Essas amostras destinam-se a determinação laboratorial das características mecânicas do solo.

Uso de explosivos na Construção Civil:

As actividades que envolvem o uso de explosivos devem ser controladas, não só com relação ao desmonte de estruturas (rocha e outros materiais), mas também quanto a danos estruturais em edificações próximas (casas, edificações históricas, etc.) e outros impactos ambientais como vibração, propagação de ruídos, lançamentos de resíduos provocados pelos mesmos e sobrepressão atmosférica.

Sustentação dos Solos:

Para efeito prático de uma construção, é necessário conhecer o comportamento de um determinado solo quando este receber esforços.

Para tal, a Mecânica dos Solos divide os materiais que cobrem a terra em alguns grandes grupos:
• Rochas (terreno rochoso);
• Solos arenosos,
• Solos siltosos,
• Solos argilosos.
Esta divisão não é muito rígida, ou seja, nem sempre se encontra solos que se enquadram em apenas um dos tipos. Por exemplo, quando se diz que um solo é arenoso não quer dizer que ele seja só areia, mas sim que a sua maior parte é areia. Da mesma forma, um solo argiloso é aquele cuja maior proporção é composto por argila.
Quadro para fazer a classificação dos grãos que compõem o solo:

Tipo de solo:	Argila	Silte	Areia fina	Areia média	Areia Grossa	Pedregulho
Diâm. Grãos (mm):	Até 0,005	0,005 a 0,05	0,05 a 0,15	0,15 a 0,84	0,84 a 4,8	4,8 a 16

Com se pode deduzir da tabela acima, uma argila é formada por grãos extremamente pequenos, invisíveis a olho nu. As areias, por sua vez, têm grãos facilmente visíveis, separáveis e individualizáveis, o mesmo acontecendo com o pedregulho. Estas características mudam o comportamento do solo.

Solos Arenosos:
Estes compõe-se de grãos grossos, médios e finos, mas todos visíveis a olho nu. Como característica principal a areia não tem coesão, ou seja, os seus grãos são facilmente separáveis uns dos outros.
Quando houver construções próximas temos de ter cuidado ao construir, porque nestes tipos de solos se houver um lençol de água ao abrirmos uma vala das construções, a água do terreno vai preencher a vala e drenar o terreno. Este perderá água e vai se compactar, podendo provocar fissuras na construção devido a perda de água.

Solos Argilosos:

O terreno argiloso caracteriza-se pelos grãos microscópicos, de cores vivas e de grande impermeabilidade. Como consequência do tamanho dos grãos, as argilas:
• São fáceis de serem moldadas com água;
• Têm dificuldade de desagregação.

• Formam barro plástico e viscoso quando húmido.

Os solos argilosos distinguem-se pela alta impermeabilidade. Aliás, são tão impermeáveis que tornaram-se o material preferido para a construção de barragens de terra, claro que devidamente compactadas. Quando não há argila nas imediações vai se buscar onde ela estiver disponível.

Solos Siltosos:
O Silte está entre a areia e a argila e é o “primo pobre” destes dois materiais nobres. É um pó como a argila, mas não tem coesão apreciável. Também não tem plasticidade digna de nota quando molhado.
Estradas feitas com solo siltoso formam barro na época de chuva e muito pó quando na seca. Cortes feitos em terreno siltoso não têm estabilidade prolongada, sendo vítima fácil da erosão e da desagregação natural precisando de mais manutenção e cuidados para se manter.